domingo, 1 de setembro de 2013

Nota triste: R.I.P. Baby Beef Salvador

Gente, ontem soube de uma notícia que me partiu o coração! O meu restaurante preferido em Salvador acaba de fechar as portas. O Baby Beef Salvador foi comprado pelo Pobre Juan.  :-(

Como assim? Não pode ter ida a Salvador no final do ano, sem o Baby Beef pra jantar. Esse restaurante foi inaugurado em 1980, e fez parte dos melhores momentos da nossa vida! As principais comemorações, eram feitas lá. Inúmeros aniversários, aniversários de casamento, conquistas profissionais. Até a chegada do meu filho mais novo foi anunciada lá.

E o pior, fechar o Baby Beef pra abrir um Pobre Juan? Jura? Não é que o Pobre Juan seja um restaurante ruim, mas na minha opinião é daquele tipo que não vale quanto pesa. O preço é muito alto pra uma comidinha somente ok, sabe? 

E esticando mais um pouco a sessão nostalgia, não tem como falar do Baby Beef sem falar do Seu Erondino, que do alto do seu 1,05m de altura é o porteiro mais querido do restaurante desde a sua inauguração. Fez parte da infância de todos nós. Fazia parte da experiência de ir ao restaurante, ser recepcionada por ele, sempre muito gentil com todos, especialmente com as crianças.

Já que não tem jeito, fica aqui a minha homenagem, com esse post, onde coloco minha refeição dos sonhos. Onde? Baby Beef, claro!

Ambiente: elegante, refinado. Cadeiras de couro, ar condicionado geladinho (essencial em Salvador), plantas altas em volta de todo o salão do restaurante, que tem paredes de vidro, dando uma sensação de isolamento. Piano.


Entrada: couvert. Um clássico. Simplesmente o melhor couvert que já comi na vida. Quem já provou, pode atestar. Aparentemente é simples, composto por pão de queijo, pão canoa, torradas, pasta de alho, pasta de gorgonzola, cenouras cruditée, rabanete, molho de cebolas no azeite, azeitonas chilenas e manteiga. Mas aquele pão de queijo, huuummm... E a pasta de gorgonzola? O molhinho de cebolas em cima do pão canoa? Ninguém faz igual.


Prato principal: pode ser um baby beef ou picanha, acompanhado pela maravilhosa batata gratinada. Pra ser bem sincera, essa sempre foi a parte que eu dei menos atenção. Não me entendam mal, não é que a carne seja ruim, pelo contrário. Todos sempre elogiam muito. Mas é que o couvert é tão bom e farto, com reposição constante, que quando chega a hora do prato principal, sempre estou quase satisfeita, e preciso guardar espaço para a maravilhosa sobremesa.


E de sobremesa, o famoso chocol'amour da casa. Sorvete de chocolate, farofa doce crocante, calda quente de chocolate, suspiros, chantilly, cereja e biscoito. Numa taça gigante, que teoricamente deveria servir duas pessoas, mas dava pra umas quatro, fácil.
Obs: a foto não é do chocol'amour de lá, apenas de um parecido.


Espero que o Pobre Juan de Salvador seja melhor que o de Brasília, pra não decepcionar a fiel clientela do Baby Beef.

PS: Quando acabei de escrever o post, fazendo umas pesquisas, descobri uma boa notícia no site do Correio da Bahia, que transcrevo aqui, com direito a foto e tudo:

Ele fica
Os clientes que estão acostumados a ser recebidos no Baby Beef pelo famoso Seu Erondino de Jesus podem comemorar. Ícone do restaurante, na Avenida ACM, o host anão não perderá seu posto quando a casa reabrir, em agosto, como Pobre Juan. Aliás, a equipe continuará praticamente a mesma.



Bom e barato? Nossa Cozinha Bistrô

Na última sexta-feira, querendo um lugar bom e barato pra ir com um casal de amigos, lembrei do Nossa Cozinha Bistrô.

O restaurante fica na 402 Norte, voltado para a quadra residencial. Um lugarzinho discreto e charmoso. Na primeira vez que fomos lá, foi seguindo a dica de um amigo, que disse que era um lugar bom pra namorar. :)

Após o trabalho fomos resolver umas pendências, e depois passamos em casa. Chegamos ao restaurante quase 21:30h, morrendo de fome! Infelizmente os garçons não estavam muito inspirados nessa noite. O serviço estava muito ruim! Atendimento demorado e confuso.

Pedimos um Raices Syrah Reserva 2002. Vinho aveludado, com toques de madeira e especiarias, e com um excelente custo x benefício. Esse foi o destaque da noite!

De entrada, pedimos as torradas com carne de porco desfiada ao molho barbecue, que segundo consta no cardápio, foi criada a pedidos, a partir do prato vedete da casa. Sendo assim, imaginamos que teria uma saída mais rápida. Como já comentei, estávamos morrendo de fome, e claro que nessas horas Murphy tem que agir. Esperamos milênios, e nada da entrada chegar. Tudo bem que o vinho era bom, e a conversa estava agradável, mas a fome imperava! Após uma longa espera a entrada finalmente chegou. Fria!!!! Como a minha amiga comentou, o queijo veio derretido em cima da torrada, então em algum momento ela esteve quente. Deduzimos que ficou pronta na cozinha um tempão, esperando que algum garçom se dignasse a trazer. A fome era tanta que só lembrei de tirar a foto depois de comer um pedacinho.


No cardápio, existe uma seção somente para o almoço e outra somente para o jantar. Não sei se a ideia é aguçar nossa curiosidade e apetite para voltarmos no outro turno, mas na verdade não funcionou muito bem, pelo menos pra nós. O que ocorreu é que escolhemos dois pratos, e só depois vimos que eram servidos somente no almoço, e o garçom disse que não podia pedir, que eles não fazem os pratos do almoço no jantar. Ficamos com uma sensação ruim, de passar vontade. Parecendo com aquela sensação que você fica depois que escolhe o que quer comer, e o garçom avisa que esse prato não está saindo hoje. Não achei muito legal.

Para o jantar, escolhi o camarão ao brie, acompanhado de mousseline de três batatas (inglesa, doce e baroa). Estava uma delícia, mas a quantidade de mousseline é desproporcional à quantidade de camarões. De qualquer maneira, pra mim, que não como muito, o camarão foi suficiente e a mousseline sobrou. Desconfio que se o Aloísio tivesse pedido esse prato, ficaria com fome.

O Aloísio pediu o filé ao molho de mostarda Dijon com batatas ao forno. Já pedi esse prato uma outra vez, e novamente estava muito gostoso e bem servido.
E de sobremesa, fomos de Parfait de Limão, feito com uma camada de biscoito de chocolate moído, um creme de limão e cobertura de chocolate. Yummy! Só experimentando pra entender.
 No final da noite, mais uma trapalhada do pessoal do atendimento. Quando pedimos a conta, demorou um pouco e veio uma pessoa à nossa mesa, pedir que repetíssemos todos os nossos pedidos porque eles tinham perdido.  :-o

Enfim, precisa dar uma melhorada urgente no serviço, porque a comida é boa, mas se o atendimento não for compatível, o restaurante acaba perdendo os clientes.

Jantarzinho após o teatro: Le Jardin du Golf

Os restaurantes de Brasília têm um sério problema, fecham muito cedo. Toda vez que vamos ao teatro, ficamos com o problema de onde jantar depois. Os espetáculos costumam começar às 21h, às sextas e sábados, e terminam por volta de 23:30h. Na maioria dos restaurantes, a cozinha encerra à meia noite. Sem chance de conseguirmos jantar. Atenção senhores proprietários de restaurante, vamos rever esse horário de funcionamento às sextas e sábados?

Na sexta-feira da semana passada, fomos ao teatro com um casal de amigos queridos, e pra variar, no intervalo da peça, ficamos telefonando pros restaurantes, pra ver se conseguíamos algum que funcionasse até mais tarde. Assim, descobrimos que o Le Jardin du Golf funcionaria excepcionalmente até 01:30h, e fomos para lá.

Pra mim o Le Jardin é aquele lugarzinho sem erro. Ambiente agradável, pianista tocando MPB e comidinha gostosa. Não é a experiência gastronômica do século, mas nunca me decepcionou. :-)

De entrada, escolhemos  Grana Padano ao Mel e Nozes. A combinação de grana padano com mel é uma das minhas favoritas para aperitivo. Por ter um sabor bastante acentuado e adocicado, acho que o grana padano combina perfeitamente com o mel, e pra complementar, vieram essas nozes torradas, que chegaram à mesa quentinhas, acrescentando uma crocância ao pacote. Delícia! 

Pra acompanhar, Red Tree Zinfandel, um californiano frutado, macio e leve. A uva Zinfandel é a mesma Primitivo, da Itália.

Para o jantar, optei por uma das sugestões do dia, que não fazem parte do cardápio tradicional. Era um medalhão de filé ao fondue de grana padano, com risoto de cogumelos. Muito bem executado, o filé estava macio e no ponto certo, o queijo derretido harmonizando bem com a carne e o risoto. Aprovei! Mas vale destacar que a minha amiga pediu o mesmo prato, e o filé dela veio passado do ponto. Assim como eu, ela pediu ao ponto, e a carne veio muito cozida. Uma pena... 
Outro destaque é que, embora na foto a quantidade pareça pequena, a foto engana. O medalhão era alto e veio bastante risoto. Nem consegui comer tudo!  :-)

Os outros pratos principais pedidos foram o confit de canard ao molho de jabuticaba, com mousseline de cará, e o paillard com fetuccine ao triplo burro. O paillard estava saboroso, e o canard eu não provei, mas soube que estava muito bom.








Dessa vez não demos conta de chegar às gordices. Após os pratos principais, estávamos satisfeitos. Ficamos somente no café (Lavazza, com biscoitinhos de mimo. Adoro!). 

O saldo da noite foi muito positivo, principalmente pra quem achava que não ia nem conseguir jantar!

E vocês, o que acham do Le Jardin?

PS: o Le Jardin du Golf fica no Setor de Clubes Sul, trecho 2, lote 17 - dentro do Clube de Golfe