sábado, 23 de novembro de 2013

Irlanda do Norte: Museu do Titanic e Giant's Causeway

01/10/2013

Passeando na Irlanda do Norte.

Acordamos cedo pois tínhamos uma viagem pela frente. Tomamos o café da manhã no hotel, a Ju chegou para nos encontrar e fomos alugar um carro. A locadora era perto, fomos andando e conhecendo um pouco mais a cidade. 

Na locadora, descobrimos que o seguro do cartão de crédito não cobria a Irlanda do Norte, então tivemos que pagar uma taxa extra de seguro para estarmos cobertos naquele país. Além disso, as locadoras cobram uma taxa de 30,00 € se você vai atravessar a fronteira com a Irlanda do Norte.

Só para relembrar, a Irlanda e a Irlanda do Norte são países diferentes, ambos situados na ilha da Irlanda. A República da Irlanda, que tem Dublin como capital, é um país soberano, cuja população é majoritariamente católica. A Irlanda do Norte é um pequeno país situado no nordeste da ilha da Irlanda, de maioria protestante, tem como capital Belfast, e faz parte do Reino Unido. Uma curiosidade: por fazer parte do Reino Unido, quem nasce na Irlanda do Norte é cidadão britânico, porém pode optar por ter a cidadania irlandesa, ou ambas.

Pegamos o carro e investimos um tempo aprendendo a dirigir "do lado errado". Na Irlanda, assim como na Inglaterra, o motorista fica no lado direito do carro, e consequentemente todas as ruas têm "mão inglesa". Isso é bem confuso, principalmente quando vamos fazer alguma conversão, porque automaticamente você tende a ir para a pista da direita, e tem que ficar raciocinando o tempo todo pra identificar a pista correta.

Irlanda chuvosa

Dirigindo do "lado errado"

Pegamos a estrada por volta das 10h rumo a Belfast. O tempo estava chuvoso, mas apesar disso a viagem foi tranquila. As estradas são bem cuidadas e muito bem sinalizadas. Não existe controle de fronteira, você só percebe que entrou na Irlanda do Norte porque as placas passam a ser em milhas. É importante lembrar também que a moeda lá é a libra.



Belfast tinha uma indústria naval forte e foi em um de seus estaleiros que o Titanic foi construído. Em 2012 foi inaugurado na cidade um museu retratando a história desse navio, no local da sua construção. Chegamos às 12:00h e fomos direto para lá.

O prédio, da mesma altura do Titanic, tem o formato da proa de um navio. majestoso e imponente.



Almoçamos no café do museu e compramos as entradas para conhecê-lo (£14 por pessoa).

O museu tem 9 galerias, mostrando desde a Belfast industrial na época da construção do navio, passando pela construção propriamente dita, seu lançamento, a viagem inaugural (e única), o naufrágio, até imagens do Titanic hoje, submerso.

Um dos pontos altos para mim foi a Galeria 4 - The Fit Out, uma recriação dos ambientes do navio 

Escadaria para o salão de jantar

Salão de Jantar

Cabine da Terceira Classe

Cabine da Primeira Classe, com Hologramas

Outra  sessão que achei muito impactante foi a que mostrava a troca de mensagens entre a torre de comando e outros navios, desde o aviso da presença de icebergs até o silêncio final.  


Saímos do museu pouco depois das 16h e pegamos a estrada rumo ao Giant's Causeway. A viagem dura pouco mais de 1h, e chegamos por volta das 18h. O centro de visitantes já estava fechado, mas isso não impedia a entrada no local e pudemos visitar normalmente.  

O Giant's Causeway (calçada dos gigantes) é uma formação rochosa criada por uma erupção vulcânica. Pelo menos essa é a explicação dada pelos cientistas. 

Prefiro a explicação dos irlandeses. Reza a lenda que um gigante irlandês chamado Finn MacCool queria conquistar as terras do gigante escocês Benandonner. Para isso, ele construiu uma calçada que ligava a Irlanda do Norte à Escócia. Quando ele atravessou para a Escócia, viu que o Benandonner era bem maior do que ele pensava e voltou correndo para casa. O Escocês, vendo a calçada, resolveu atravessar para o outro lado, mas a esposa do Finn foi esperta, vestiu ele de bebê e o colocou em um berço. Quando o escocês chegou e viu aquele bebê gigante imaginou que o pai devia ser bem maior do que ele, e voltou correndo para casa, destruindo a calçada depois que passou. E é por isso que tem outra formação parecida em uma ilhota da Escócia. Achei muito mais legal e plausível. 

Caminho para o Giant's Causeway. Como não tinha mais centro de visitantes, fomos andando.


Giant's Causeway










Quando concluímos o passeio já eram mais de 20h, e ainda precisávamos pegar a estrada de volta para Dublin. Paramos um pouco no caminho pra um lanche e descanso e chegamos em Dublin perto de meia noite. A essa altura não tinha mais nenhum restaurante aberto para jantarmos, compramos um lanche no McDonald's, deixamos a Ju em casa e fomos para o hotel descansar.

FOTOS: Aloísio Dourado

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