sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Da França à Austria de Trem

23/09/2013

Nós Sempre Teremos Paris

Quando o despertador tocou às 6h da manhã, a vontade foi de chorar. Além de ter dormido por cerca de 3h somente, eu sabia que ele estava me avisando que era hora de deixar Paris. Por sorte, tínhamos que correr, então não tive tempo pra ficar chorando com pena de mim mesma.  :-)

Tomamos uma ducha rápida pra acordar e descemos para o checkout. À noite tínhamos pedido para o recepcionista agendar um táxi para as 6:30h e o motorista foi pontual. 

Durante o trajeto, passamos por alguns lugares que visitamos, e fiquei triste por deixar aquela cidade pela qual me apaixonei, mas o Lú me fez ver que eu deveria estar feliz por termos essas lembranças lindas, e que Paris estaria sempre lá esperando por nós e poderíamos voltar muitas vezes. Foi dessa conversa que veio o título desse post (e também porque eu acho uma das cenas mais românticas do cinema, e queria usar em algum lugar).  :-)

Em 20 minutos chegamos à Gare de l´Est. A corrida custou 17,10 €, mais 1,00 € por mala excedente (1 mala estava incluída no preço). 

Ao chegar à estação eu me animei, principalmente porque caiu a ficha de que eu ia viajar de trem (amoooo). Como o nosso trem estava marcado para 07:18h, tivemos tempo pra tomar um café rápido na estação, composto por dois croissants e dois macchiatos, por 7,60 €. 

Após o café, foi só o tempo de tirar uma foto pra registrar o momento (reparem que ainda estava escuro), e pontualmente às 7:18h o TGV partiu.


A viagem foi uma delícia, o TGV é muito confortável, tem poltronas largas e com muito espaço para as pernas. Sou suspeita pra falar, porque sou apaixonada por trens, desde pequenininha. Mas as fotos falam por si.
Só uma viagem de trem pode lhe proporcionar:

Ver o nascer do sol na estrada


Desfrutar um café da manhã completo, com tranquilidade e conforto

Apreciar a paisagem do interior da França, Alemanha e Áustria


Tudo isso a 312km/h

O café da manhã foi servido às 8h, logo após o nascer do sol. Tinha suco de laranja, café, chá, leite, iogurte com cereais, 3 tipos de pães, incluindo um pain au chocolat, manteiga, geleia e uma tortilla de batata. 

Esse primeiro trecho da viagem, feito no TGV, era até Stuttgart (sul da Alemanha), de onde pegaríamos uma conexão para Munique. Eu estava um pouco tensa com essa conexão, porque teríamos somente 8 minutos para descer do trem com as nossas malas na plataforma 7, localizar a plataforma 16 e correr até lá pra reembarcar.


Quando faltava cerca de 1h para chegarmos a Stuttgart, vimos um aviso no monitor do nosso vagão dizendo que o nosso trem estava atrasado 10 minutos. Fiquei em pânico, pois perderíamos a conexão, então chamamos o chefe de cabine pra relatar a situação. Ele disse pra ficarmos tranquilos que ele ia avisar ao pessoal da estação de Stuttgart. Claro que não fiquei tranquila, mas não havia nada que eu pudesse fazer a não ser esperar.

Faltando 10 minutos para chegarmos, ouvimos um aviso pelo sistema de som (em francês, inglês e alemão) dizendo que o trem para Munique estava esperando os passageiros da conexão e que o nosso trem pararia na plataforma 15, ao lado da plataforma onde estava o trem que pegaríamos (a previsão inicial era pararmos na 7). Fantástico! E finalizaram pedindo desculpas pelos transtornos causados pelo atraso (de apenas 10 minutos!).

Às 11:15h embarcamos no ICE, o trem-bala alemão, com destino a Munique. Esse trem viaja a 300km/h e é quase tão confortável quando o TGV, porém achamos as poltronas do TGV mais largas, e o acabamento interno mais bonito. 


No ICE, ficamos em 2 poltronas em frente a uma mesa. Não tinha ninguém nas outras duas poltronas em frente, que dividiriam a mesa conosco, então pudemos deixar as nossas malas junto a essas poltronas, e espalhar nossas coisas em cima da mesa.


Pra passar o tempo, tiramos algumas fotos do trem


Esse trecho da viagem foi mais rápido, chegamos a Munique às 13:30h. Dessa vez a conexão era de quase 1h, então aproveitamos pra fazer um lanche no Burger King da estação de Munique. Pedimos dois combos por 7,00 € cada. Estávamos com um pouco de pressa e meio atrapalhados com todas as malas então não tiramos fotos (lembrar que nas viagens de trem você tem que carregar as próprias malas e embarcar/desembarcar com elas em todas as conexões).

Às 14:27h partimos no Intercity com destino a Salzburg. Esse trem não é de alta velocidade, então embora o trecho fosse menor levamos quase 2h pra chegar. Às 16:10h finalmente desembarcamos em Salzburg. Pegamos um táxi na estação de trem para o aeroporto e alugamos um carro na Sixt (reserva feita pela Internet).


Sobre o carro que alugamos falarei em outro post, com as fotos. Nesse dia o cansaço já estava batendo, dormimos muito pouco na noite anterior e por mais confortáveis que sejam os trens, ficar fazendo conexões carregando as malas cansa um bocado.

Saindo do aeroporto, paramos num posto de gasolina pra comprar água mineral e fiquei impressionada com o preço: enquanto em Paris pagávamos 5,80 € por uma garrafinha de 500ml de água, em Salzburg a mesma garrafinha custou 0,59 €! Paris é realmente uma cidade muito cara...

Às 17:40h pegamos a estrada para Sankt Johann im Pongau, cidade onde ficamos hospedados. Fizemos o check-in no nosso hotel às 18:30h. 


Achamos a cidade muito fofa e fiquei muito bem impressionada, era muito mais bonita do que eu esperava! Essa cidadezinha fica num vale na base de uma estação de esqui, e tem vários hotéis charmosos. O hotel Alpenland, onde nos hospedamos, é um resort muito usado na época da alta estação (inverno), mas que nessa época do ano não estava tão cheio. Contrastando com o hotel onde estávamos em Paris, cujos quartos eram minúsculos, esse era enorme. 

Sala


Cama, armário e bancada de trabalho

Ainda tinha uma varanda com mesa e 2 cadeiras.

Estávamos muito cansados, então decidimos deixar para explorar a cidade no dia seguinte. Tomamos um banho e resolvemos jantar em dos restaurantes do hotel. Foi nessa noite que degustamos pela primeira vez um vinho austríaco da uva blaufränkisch, e anotamos para procurar depois. Fico devendo as fotos, o cansaço não deixou.


Nenhum comentário:

Postar um comentário