quinta-feira, 26 de maio de 2022

Montréal au Printemps: modo de usar

Foto: Aloísio Dourado
Andei sem tempo para atualizar o blog, mas por insistência de um amigo vim falar um pouco sobre nossa mais recente viagem ao Canada.

Nosso destino foi Montréal. Eu já tinha passado por lá uma vez, mas tinha sido muito rápido, confesso que ela não tinha me chamado muito a atenção. Dessa vez eu estava decidida a conhecer realmente a cidade. E me encantei! 

Não sei se foram os cafés charmosos que despontam em cada esquina. Não sei se foram os excelentes restaurantes. Não sei se foi o som do francês sendo falado por toda parte (sim, amo a sonoridade da língua francesa). Talvez seu charme redobrado na primavera. Ou uma mistura de tudo isso.


Montréal é a segunda maior cidade do Canadá e principal cidade da província do Québec. Isso significa que a língua oficial da cidade é o francês. Mas se você não fala francês, não precisa cancelar seus planos de viagem. As pessoas vão se dirigir a você em francês, mas basta um "Je ne parle pas français, désolé", que eles mudam para o inglês, sem problemas.


Ah tá, eu não preciso me preocupar com a língua. Mas e o clima? É possível sair do hotel sem congelar? Claro que sim! Esse post é sobre Montréal na primavera, quando o clima é bem mais ameno.                                                                                                             

Em breve vou escrever outro sobre o Canadá em dezembro e colocarei o link aqui.


O QUE LEVAR?

Foto: Camila Dourado
O clima em Montréal em maio é agradável. Não faz muito calor durante o dia e à noite a temperatura cai um pouquinho. Em 2022, durante os primeiros 10 dias de maio, as temperaturas variaram entre 4oC e 25oC e o sol apareceu quase sempre.    

Esqueçam as botas e casacos de neve. Leve um casaco mais quente para a noite e um leve para o dia. Um cachecol pode ser útil, porque o vento pode incomodar, principalmente nas proximidades do rio. Roupas térmicas para usar por baixo à noite. E se você costuma sentir muito frio, um par de luvas.

Leve sapatos confortáveis, boa parte do centro e da Vieux-Montréal são fechados ao trânsito e os estacionamentos são caros. Não vale a pena circular de carro, então você vai caminhar muito.  

A moeda oficial do Canadá é o Dólar Canadense (CAD). Em maio de 2022 1 CAD valia aproximadamente R$ 3,80.


COMO É A IMIGRAÇÃO?

De modo geral, a imigração no Canada é tranquila. Se você não fala francês, o oficial da imigração vai falar com você em inglês. 

Eles podem te perguntar o que veio fazer no Canada, por quanto tempo vai ficar, onde vai se hospedar e em que você trabalha (ou estuda). Tenha em mãos os comprovantes de praxe: passagem de retorno, reserva de hotel ou carta-convite, se for se hospedar na casa de algum conhecido, cópia de um contracheque ou de matrícula em instituição de ensino (para comprovar seu vínculo com o Brasil). Durante a pandemia eles estão exigindo o comprovante de vacina.

Nessa última viagem o oficial só me perguntou o que fui fazer no Canada. Resposta: turismo. Carimbou o passaporte e me deixou entrar. Não pediu qualquer comprovante, foi super rápido. Mas eu estava com toda a papelada impressa e organizada em uma pasta, à mão, o que me ajuda inclusive a ficar mais tranquila nesse momento.  


O QUE FAZER?

1. Assistir ao show Aura na Basílica Notre-Dame de Montréal 

A basílica Notre Dame de Montréal, construída em 1829, em estilo neogótico é belíssima. Ela possui lindos vitrais e tem o forro azul profundo com estrelas douradas, lembrando a Sainte-Chapelle de Paris. A visita custava 14 CAD  em maio de 2022. 

Foto: Camila Dourado

Mas o que recomendo é que você compre ingressos para o Aura, anunciado como uma experiência luminosa. Trata-se de um espetáculo de luz e som com duração de 25 minutos aproximadamente, com duas apresentações diárias, exceto aos domingos e custo de 32 CAD. A visita à basílica está incluída nesse valor.  

A experiência inicia iluminando o altar e alguns detalhes da catedral, momento em que é possível conhecer algumas obras de arte, como pinturas, capelas e estátuas destacadas. Após alguns minutos, tem lugar um maravilhoso espetáculo que combina música e iluminação, para realçar os detalhes arquitetônicos e obras de arte da basílica, incluindo o monumental órgão, que pode ser ouvido durante a apresentação.

Foto: Camila Dourado

Não é permitido filmar ou fotografar, mas esse vídeo dos criadores do espetáculo permite ter uma noção da beleza da apresentação. As fotos desse post foram tiradas antes do início da apresentação, enquanto ainda era permitido. 


Foto: Aloísio Dourado

Confira datas, horários e preço atualizado no site oficial.

Aproveite a oportunidade para conhecer a Place d'Arms e seus monumentos. No final do dia, a iluminação da Vieux-Montréal confere um charme todo especial a essa região, contrastando com os prédios da Centre-Ville.

Foto: Wesley Vaz


2. Visitar o Jardin Botanique

O jardim botânico de Montréal é um dos maiores do mundo. Possui mais de 75 hectares, 22 mil espécies de plantas e 30 jardins temáticos. 

Foto: Aloísio Dourado

Os que achei mais bonitos são o jardim chinês... 

Foto: Aloísio Dourado
Foto: Aloísio Dourado



Foto: Camila Dourado






e o jardim japonês. Vale conhecer vários e descobrir os seus favoritos. 







Foto: Camila Dourado



Ao longo do ano são promovidos vários eventos, como exibições, visitas guiadas aos jardins temáticos, degustação de sirop d'érable (maple syrup ou xarope de bordo). Os grandes destaques são La Magie des Lanternes, que ocorre entre setembro e outubro e ilumina o jardim chinês com lanternas tradicionais de seda e Le Grand Bal des Citrouilles, em outubro, em comemoração ao Halloween, com exibição de centenas de abóboras decoradas. Antes de planejar sua visita, dê uma olhada no calendário para ver o que está rolando por lá.  


Foto: Aloísio Dourado

Foto: Aloísio Dourado


Foto: Aloísio Dourado
Foto: Aloísio Dourado

É possível ainda pesquisar previamente quais plantas estarão florescendo no período

Foto: Aloísio Dourado

O jardim botânico fica a 20 minutos de carro do centro de Montréal, e a estação Pie IX da linha verde do metrô (que também passa pelo centro) é ao lado da sua entrada. Nessa região estão também o Parque Olímpico e o Biodôme. Em maio de 2022 a entrada custava 22 CAD.


3. Conhecer o Vieux-Port 

A região do porto antigo de Montréal, na beira do rio Saint-Laurent é muito agradável. Com cerca de 2 km de extensão, ele vai da Rue McGill, ao sul, até a altura da Rue Atateken, ao norte, bem ao lado da Vieux-Montréal. Nesse caminho estendem-se 5 cais ligados por um largo passeio. 

Vindo do Sul, o primeiro é o Grand Quai, que possui uma exposição contando a história do porto, que se confunde com a história da cidade e suas invasões e disputas. Também é nesse cais que fica a Place des Commencements, área muito agradável, com cadeiras para relaxar e aproveitar o sol e a vista, quando o clima permite e que dá acesso ao rio. 

O próximo é o Quai des Convoyeurs, o menor de todos, que termina em uma torre marinha abandonada.

Na sequência, vem o Quai King-Edward que abriga o Centre des Sciences, um museu que dedica-se à popularização da ciência e tem uma proposta bem interessante de ajudar os visitantes de todas as idades a descobrir, entender melhor e se apropriar da ciência e da tecnologia para construir seu futuro. Não consegui visitá-lo dessa vez, mas ficou anotado para a minha próxima viagem.

Depois o Quai Jacques-Cartier, de onde parte o ferry para a ilha Sante-Hélène, onde fica a Biosphère, um museu ambiental localizado nessa esfera metálica.

Foto: Camila Dourado

Na bacia formada entre os Quais Jacques-Cartier e de l'Horloge fica o Parc du Bassin Bonsecours. No inverno, parte dessa bacia vira uma pista de patinação no gelo.

Nesse parque está localizada La Grande Roue de Montréal, uma roda gigante com 60m de altura de onde temos uma bela vista de Montréal, do rio Saint-Laurent e das ilhas (ingresso 21,20 CAD). 

Foto: Camila Dourado


Foto: Aloísio Dourado


Em frente a esse parque ficam vários estandes de comidas, souvenirs e alguns food trucks (barraquinhas vermelhas na foto). 

Foto: Aloísio Dourado

É nessa área também que é montado o Cirque du Soleil. Em 2022, a temporada teve início em 13/05.

Foto: Camila Dourado

Por fim chegamos ao Quai de l'Horloge, nomeado por causa da torre do relógio situada em sua extremidade. Esse cais tem um estacionamento, um parque infantil, uma área para caminhada na margem do rio e uma praia de areia fininha, com cadeiras e guarda-sois, cuja entrada é paga.  

Foto: Aloísio Dourado

4. Passear na Rue Saint-Paul e imediações

Partindo do Quai de l'Horloge pela rua de mesmo nome, você se depara com a parte posterior da capela de Notre-Dame de Bonsecours. Repare na estátua da virgem voltada para os fundos da igreja, a abençoar o porto e seus navios. 

Foto: Camila Dourado

Atravesse a Rue de la Commune e suba a Rue Bonsecours, ao lado da igreja. Após visitar a igreja, que estará à sua direita, pegue a Rue Saint-Paul, à esquerda. 

Foto: Camila Dourado

Essa é a rua mais antiga de Montréal e em vários trechos ainda possui pavimentação de pedra. 

Nesse trecho está o Marché Bonsecours. Entrando pela Rue Saint-Paul você terá acesso ao piso onde ficam as lojas de artesanato, moda, acessórios e jóias. O piso inferior conta com restaurantes. Eu fiquei um pouco decepcionada com esse mercado, porque estava esperando um mercado mais pitoresco, no estilo do St. Lawrence Market de Toronto, mas o prédio vale a visita.   


Foto: Camila Dourado


Foto: Aloísio Dourado



Siga pela Rue Saint-Paul até a Place Jacques-Cartier, escolha um restaurante ou café e aprecie a atmosfera de Montréal com seus artistas de rua, enquanto assiste a tarde cair degustando um vinho ou seu drinque favorito.


Após a Place Jacques-Cartier, tem início um trecho da rua que é fechado ao trânsito. Essa região concentra muitas galerias, bistrôs, cafés, edifícios históricos e também as obrigatórias lojinhas de souvenirs. 

Foto: Aloísio Dourado

Após escurecer a iluminação deixa a rua ainda mais bonita e charmosa.

Foto: Camille Panzera, via Melhores Destinos

5. Andar pelo Réso

Foto: Camila Dourado



Embora o inverno oficial dure de dezembro a março, em Montréal o frio começa em novembro e vai até abril, ou seja, durante metade do ano faz (muito) frio. 

Para ajudar a se proteger das temperaturas congelantes os habitantes de Montréal contam com uma cidade subterrânea de mais de 32km de extensão, interligada ao metrô e a vários prédios residenciais e comerciais, hoteis, shoppings, museus e universidades, formando o maior complexo subterrâneo do mundo. É o Réseau Piétonnier Souterrain ou simplesmente Réso. 

Sempre que você vir esse sinal, significa que aquele local dá acesso ao Réso. São mais de 120 pontos de acesso no centro da cidade por onde passam cerca de 500 mil pessoas por dia.

Foto: Camila Dourado

A maior parte dessa rede é subterrânea, mas algumas partes ficam no nível da rua, sendo a mais bonita a do World Trade Center, que fica entre a Rue Saint Pierre e a Place Victoria, com cobertura de vidro, alguns espelhos d'água, cafés...

Foto: Aloísio Dourado
Foto: Aloísio Dourado



Foto: Aloísio Dourado
 




e até um fragmento do muro de Berlim, doado a Montréal por ocasião do seu 350º aniversário, em 1992, pela cidade de Berlim. 










O mapa do Réso está disponível online  e em em todo o trajeto você vai encontrar sinais como esse para te orientar sobre a direção a seguir. 

Foto: Camila Dourado

Nos meses de abril a junho você ainda pode conferir Le Festival Art Souterrain, com obras espalhadas por vários trechos do Réso. Confira os mapas no site.


6. Conhecer a história da cidade com o Cité Memoire

Trata-se de um projeto que une a projeção de imagens em prédios e monumentos ao áudio disponível por meio de um aplicativo que te guia pelo percurso que atravessa a Vieux Montréal.



Nós iniciamos o percurso na Place d'Armes, em frente à Notre-Dame, mas existem outros trajetos no aplicativo, ou você pode escolher os pontos que deseja visitar.



7. Fazer compras na Rua Saint-Catherine  

Se você é desses turistas que adora fazer uma comprinha, essa rua é o seu paraíso em Montréal. Aqui você vai encontrar desde lojas canadenses (La Baie d'Hudson, Simons, Roots, Holt Renfrew, Birks) a grandes redes internacionais (Apple, Zara, Uniqlo, Best Buy, Adidas, Puma, Guess) e as onipresentes lojinhas de souvenirs. Tudo isso intermediado por bares, cafés, fast foods, e algumas construções mais antigas escondidas no meio disso tudo. São 11km ao longo dos quais encontram-se 9 estações de metrô, bem como acesso ao Réso. 

Foto: Camila Dourado

A Saint-Catherine atravessa o Quartier des Spectacles, principal distrito cultural da cidade, onde ficam a Place des Arts, complexo com várias salas de espetáculos e o Musée d'Art Contemporain. Logo ao lado, a Place des Festivals abriga eventos e festivais ao ar livre durante todo o ano.

Foto: site oficial

Duas quadras adiante, aproveite para apreciar a St James United Church e logo após, a Christ Church, ambas em estilo neogótico.  

O Time Out Market, localizado no Eaton Centre, é uma praça de alimentação que reúne alguns dos melhores e mais famosos restaurantes da cidade (entre eles Toqué!, Le Red Tiger, Le Passé Composé, um bar de vinhos e outro de drinks diversos).


8. Conhecer o Parque Olímpico

Foto: Aloísio Dourado



Em 2022, o parque olímpico encontra-se em reformas. Diversos guias da cidade indicam a visita a essa atração, especialmente à torre inclinada, a mais alta do mundo, mas tivemos que deixar para a próxima oportunidade. 









ONDE COMER?

Em Montréal come-se muito bem, provavelmente devido à influência francesa. Vou deixar algumas indicações de restaurantes, cafés e lanchonetes que fui e aprovei. 

Na região da Saint-Paul

Para um café da manhã, experimente o Maggie Oakes. Você vai encontrar além dos pratos clássicos de café da manhã (ovos, bacon, presunto, salsichas, batatas, etc), œufs bénédictines, a onipresente bagel au saumon fumé e se quiser variar das panquecas com maple syrup, você pode escolhê-las com chutney de manga e mascarpone. O ambiente é muito agradável. Funciona também para almoço e jantar e servem um brunch nos finais de semana.

Se estiver nessa região no horário do almoço, o difícil vai ser escolher diante de tantas opções. São muitos restaurantes e cafés charmosinhos.

Foto: Camila Dourado

Nas proximidades da Place Jacques-Cartier, o Chez Suzette, com suas agradáveis mesas na calçada, serve deliciosas crêpes doces e salgadas. O cardápio indica os itens vegetarianos e aqueles que contêm sirop d'érable du Québec.   

Na praça, a dica é o Le Jardin Nelson. Ambiente agradável, com mesas na varanda da frente e um cardápio variado. Se preferir, escolha uma mesa no pátio interior e almoce escutando jazz.

Já experimentou a famosa poutine? O Resto Bar Montreal Poutine é especializado nesse prato típico do Québec, composto por batatas fritas cobertas com molho brune (de carne) e queijo.

As mesas ficam localizadas num pátio interno muito agradável.  

Foto: Aloísio Dourado

Foto: Wesley Vaz


Na altura do cruzamento com a Rue Saint-Pierre fica o Olive et Gourmando, indicado por 10 entre 10 guias de Montréal, mas esse não consegui conferir, ele fecha aos domingos e segundas e foi justamente numa segunda-feira que eu estava na região. 

Mas não lamentei, muitas vezes o inesperado acaba revelando boas surpresas. Na falta do Olive et Gourmando, dentre tantas opções nesse trecho da rua, escolhi o Tommy Café, onde provei a melhor bagel com saumon fumé dessa viagem.  Esse café fica próximo à Place Royale. 

Foto: Camila Dourado

Hora do lanche? Vá de Queues de Castor, uma massa de trigo frita, moldada no formato do rabo de um castor. Existem diversas coberturas, a de açucar, canela e limão é a minha favorita. Descubra a sua. 


Para jantar, escolha entre o The Keg (carnes), o Chez Suzette (fondue) e o Les 3 Brasseurs, uma cervejaria com um menu que indica a harmonização dos pratos com as cervejas da casa.    


Na região da Saint-Catherine

Café da manhã na Eggspectation, localizado no Complexe Desjardins. Crêpes, bagels, waffles, omeletes, massas, sanduíches e a especialidade da casa: œfs bénédictines. Nós fomos no primeiro dia e gostamos tanto que retornamos mais 3 vezes.

Foto: site oficial

Se estiver com pressa e for encarar um fast-food, experimente o Tim Hortons, rede canadense que serve sanduíches, bagels, donuts, cafés e chás.

Foto: Camila Dourado

No almoço, o Universel Déjeuners et Grillades tem saladas, sanduíches, poutines e ótimos grelhados. Escolha uma mesa na calçada para apreciar o movimento da rua.

Foto: Aloísio Dourado

Outra boa opção é o Time-Out Market do Eaton Centre, com vários bons restaurantes.

Foto: JF Galipeau, via site oficial

Após o almoço a dica é tomar um sorvete no Chocolats Favoris, também no Complexe Desjardins.

Foto: divulgação

Procurando um lugar para uma happy hour? A Taverne Midtown possui bons drinks.

Foto: Aloísio Dourado


Para jantar o Café du Nouveau Monde, que fica no teatro de mesmo nome tem ambiente aconchegante e ótima comida. 

Foto: Camila Dourado

Foto: Camila Dourado

Na Rue Crescent 

Essa rua repleta de casas de arquitetura vitoriana é sempre animada. Durante o dia suas elegantes lojas de alta costura, galerias de arte e lojas de grife garantem o movimento.

Foto: Camila Dourado

Se for almoçar na região, o Mandy's possui deliciosas saladas que valem uma refeição completa.   

Foto: Camila Dourado

A partir das 5 da tarde, essa transversal da Saint-Catherine começa a receber os frequentadores dos seus muitos bares, restaurantes e boates. Escolha o que mais lhe agrada e aproveite. Nós fomos no Sir Winston Churchill Pub, o primeiro e mais tradicional da rua. 

Foto: Aloísio Dourado


Foto: Aloísio Dourado

Fora da área turística, indico um excelente restaurante que eu já tinha ido na primeira visita à Montréal e repeti a dose. Vale demais a visita: Au Pied de Cochon.

Experimente o Nigiri Foie Gras com molho de amendoim e sirop d'érable.

Foto: Wesley Vaz

Mas a atração da casa é o Canard en Conserve, que consiste em peito de pato, foie gras, repolho na manteiga de avelã, bacon e purê de aipo, tudo isso cozido em uma lata. 

Foto: Wesley Vaz

Ele vem à mesa na lata que é aberta diretamente em cima do seu prato.  


Por fim, duas dicas importantes:

1 - Em Montréal o jantar é mais cedo que no Brasil. A partir das 17h alguns restaurantes já começam a servir o jantar e muitos fecham por volta das 22h.  

2 - Se não quiser correr o risco de ficar sem jantar, faça uma reserva. Os restaurantes SEMPRE lotam. 


ONDE FICAR?

Os melhores locais para se hospedar são Centre-Ville (downtown) ou em Vieux-Montréal (Old Montreal). Ficando nessas regiões você vai poder se deslocar à pé para a maioria dos locais de interesse.

Ficamos no Hotel Zéro 1 (diária 192 CAD), no Bd René-Lévesque, a uma quadra da Rue Saint-Catherine. A localização é excelente, a pouca distância da Vieux-Montréal, porém, por esse valor é possível encontrar opções melhores na mesma região. Esse hotel não tem café da manhã, e a limpeza deixa muito a desejar. É preciso solucitar com 24h de antecedência para o quarto ser arrumado.

Como pontos positivos, além da localização, o quarto é grande, a cama confortável, possui uma mesinha de refeições e uma micro-cozinha com pia, frigobar, microondas e cafeteira.  


QUANTO TEMPO FICAR?

Para conhecer os principais pontos de interesse, fique pelo menos cinco dias. Na minha primeira visita, estávamos fazendo uma viagem de carro por várias cidades de Ontario e Québec. Ficamos apenas três dias em Montréal e foi muito corrido, não conhecemos quase nada da cidade.

Dessa vez foram 10 dias e muita coisa ainda ficou de fora, saí com a sensação de que preciso voltar muitas vezes.

Ainda não sei se é para conhecer o que faltou ou para rever os lugares que amei. Provavelmente as duas coisas. Mas de uma coisa tenho certeza: Montréal definitivamente me conquistou.