Gente, ontem soube de uma notícia que me partiu o coração! O meu restaurante preferido em Salvador acaba de fechar as portas. O Baby Beef Salvador foi comprado pelo Pobre Juan. :-(
Como assim? Não pode ter ida a Salvador no final do ano, sem o Baby Beef pra jantar. Esse restaurante foi inaugurado em 1980, e fez parte dos melhores momentos da nossa vida! As principais comemorações, eram feitas lá. Inúmeros aniversários, aniversários de casamento, conquistas profissionais. Até a chegada do meu filho mais novo foi anunciada lá.
E o pior, fechar o Baby Beef pra abrir um Pobre Juan? Jura? Não é que o Pobre Juan seja um restaurante ruim, mas na minha opinião é daquele tipo que não vale quanto pesa. O preço é muito alto pra uma comidinha somente ok, sabe?
E esticando mais um pouco a sessão nostalgia, não tem como falar do Baby Beef sem falar do Seu Erondino, que do alto do seu 1,05m de altura é o porteiro mais querido do restaurante desde a sua inauguração. Fez parte da infância de todos nós. Fazia parte da experiência de ir ao restaurante, ser recepcionada por ele, sempre muito gentil com todos, especialmente com as crianças.
Já que não tem jeito, fica aqui a minha homenagem, com esse post, onde coloco minha refeição dos sonhos. Onde? Baby Beef, claro!
Ambiente: elegante, refinado. Cadeiras de couro, ar condicionado geladinho (essencial em Salvador), plantas altas em volta de todo o salão do restaurante, que tem paredes de vidro, dando uma sensação de isolamento. Piano.
Entrada: couvert. Um clássico. Simplesmente o melhor couvert que já comi na vida. Quem já provou, pode atestar. Aparentemente é simples, composto por pão de queijo, pão canoa, torradas, pasta de alho, pasta de gorgonzola, cenouras cruditée, rabanete, molho de cebolas no azeite, azeitonas chilenas e manteiga. Mas aquele pão de queijo, huuummm... E a pasta de gorgonzola? O molhinho de cebolas em cima do pão canoa? Ninguém faz igual.
Prato principal: pode ser um baby beef ou picanha, acompanhado pela maravilhosa batata gratinada. Pra ser bem sincera, essa sempre foi a parte que eu dei menos atenção. Não me entendam mal, não é que a carne seja ruim, pelo contrário. Todos sempre elogiam muito. Mas é que o couvert é tão bom e farto, com reposição constante, que quando chega a hora do prato principal, sempre estou quase satisfeita, e preciso guardar espaço para a maravilhosa sobremesa.
E de sobremesa, o famoso chocol'amour da casa. Sorvete de chocolate, farofa doce crocante, calda quente de chocolate, suspiros, chantilly, cereja e biscoito. Numa taça gigante, que teoricamente deveria servir duas pessoas, mas dava pra umas quatro, fácil.
Obs: a foto não é do chocol'amour de lá, apenas de um parecido.
Espero que o Pobre Juan de Salvador seja melhor que o de Brasília, pra não decepcionar a fiel clientela do Baby Beef.
PS: Quando acabei de escrever o post, fazendo umas pesquisas, descobri uma boa notícia no site do Correio da Bahia, que transcrevo aqui, com direito a foto e tudo:
Os clientes que estão acostumados a ser recebidos no Baby Beef pelo famoso Seu Erondino de Jesus podem comemorar. Ícone do restaurante, na Avenida ACM, o host anão não perderá seu posto quando a casa reabrir, em agosto, como Pobre Juan. Aliás, a equipe continuará praticamente a mesma.