Acordamos cedo empolgados com a programação do dia, ir à Alemanha pela primeira vez e andar nas autobahns alemãs sem limite de velocidade. Às 08:30h já estávamos saindo do hotel. Paramos em uma bakery da cidade e tomamos café da manhã composto de iogurte, 2 macchiatos e 2 croissants. Aproveitamos para comprar uma baguete e um patê de foie gras pra levar pro hotel.
Pegamos a estrada e notamos que o tempo estava mudando, o dia lindo da véspera, que rendeu tantas fotos bonitas em Hallstatt, estava dando lugar a um céu acinzentado. O nosso destino era Munique, que fica a 190km de Sankt Johann.
A fronteira entre a Áustria e a Alemanha é quase imperceptível, a única coisa que marca a divisa entre os países é uma discreta plaquinha, se você não estiver bastante atento nem vê.
Choveu um pouco e tinha neblina na estrada, então as autobahns estavam com limite de velocidade de 120km/h. Infelizmente não foi dessa vez que pudemos experimentar como seria viver sem limites, mas ainda podíamos contar com a viagem de volta.
Em Munique tínhamos planejado somente uma visita ao Museu da BMW e o resto do dia estava livre pra decidirmos na hora o que fazer.
Em Munique tínhamos planejado somente uma visita ao Museu da BMW e o resto do dia estava livre pra decidirmos na hora o que fazer.
Esse passeio é imperdível para os amantes de carros, motos, aviões e motores. Vimos muita coisa interessante, eu achava que seria uma parte chata da viagem e estava indo somente pra agradar ao Lú, mas adorei a visita e me diverti muito!
O Museu da BMW faz parte de um complexo de prédios onde funcionam a sede da empresa, o museu e o BMW Welt.
Essa foto que dá uma visão geral do complexo peguei no blog ArquitetoFala
O edifício alto é onde funciona a sede da BMW, o edifício redondo, o museu e o futurista é o BMW Welt.
O estacionamento para visitantes fica no subsolo do BMW Welt, então resolvemos começar nossa visita por esse prédio. Ele foi construído para ser um grande showroom, onde os clientes podem conhecer os carros da marca e onde os felizes proprietários retiram seus carros. Lá funciona também uma loja de produtos da marca e um restaurante. A entrada para esse edifício é gratuita.
BMW Welt
Comecei pela loja, claro! Comprei vários mimos pra mim e pras crias. :-)
Vejam só o que encontramos em uma das peças publicitárias.
Depois da loja, guardamos as comprinhas no carro e fomos visitar o showroom. Nele estão expostos diversos modelos atuais da Bayerische Motoren Werke (Fábrica de Motores da Baviera), da Mini e da Rolls Royce, que pertence ao grupo BMW desde 2003.
Carro elétrico i3
Visão parcial do showroom
A maioria dos modelos está à disposição para entrar, fotografar e verificar os detalhes.
Lú já escolheu o dele. Z4 sDrive35is com motor de 306 cavalos
Lindos, os dois. :-)
Rolls Royce Phantom, considerado o mais luxuoso e durável do mundo
Esse fofinho é o Isetta, o italiano Guido do filme Carros
Após essa visita, atravessamos a passarela pra ir ao museu.
O museu fica no prédio redondo, parecido com uma saladeira
Gente, amei esse museu! Logo na entrada, antes de comprar os ingressos (9,00 € cada), vemos uns carros dos anos 30 do século passado.
Uma das primeiras atrações do museu é essa escultura móvel feita de bolinhas de metal que se movimentam para formar diferentes modelos de carros da BMW.
R75 com sidecar, utilizada pelo exército alemão na II Guerra
BMW 329 race car (1930)
Brabham de Nelson Piquet de 1985
Tem também uma seção só de motores. #todosengenheiropira
Motor de Fórmula 1
Motor de F1
Turbina de avião
Motor de avião a hélice dos anos 40
Visão parcial do museu
Evolução da família BMW com os anos
Moto de competição
Modelagem de novo carro em argila
BMW 3/15 PS DA 3 (1930). O primeiro esportivo.
BMW 315/1 (1934). Primeiro esportivo de 6 cilindros.
BMW 507 (1956). Considerado um dos mais belos do mundo, foi um fracasso de vendas pelo alto preço.
BMW Z8 (1999). Inspirado no 507. Carro de James Bond em 007 O Mundo Não é o Bastante.
Z3 (1995). Carro de James Bond em 007 Contra GoldenEye.
GINA (Geometry ans Function In N'Adaptations). Protótipo de 2008 com carroceria flexível.
i8 concept (2011)
Quando terminamos de percorrer toda a exposição principal eram 14:30h e paramos no café do museu para o almoço, antes de seguirmos para a exposição temporária. A cozinha já tinha fechado, então tivemos que nos contentar com 2 sanduíches de ciabatta e coca cola.
De estômago forrado, fomos ver a exposição temporária. O ingresso do museu não incluía essa exposição, então tivemos que pagar mais 5,00 € para visitá-la, mas valeu muito a pena. A exposição era a Rolls Royce Strive for Perfection, uma exibição dos 15 RR de maior destaque ao longo do tempo, do primeiro Silver Ghost de 1910, até os Phantom atuais.
Silver Ghost 1910
Silver Ghost 1914
10 EX 1926, carro experimental versão esportiva do Phantom 1
Após visitar essa exposição voltamos para o BMW Welt pra pegar o carro e pesquisar o que fazer no resto do dia em Munique.
Foi aí que descobrimos que estávamos com muita sorte! Adivinha o que estava rolando naquele dia em Munique... Foi só seguir a multidão pra encontrar.
A Oktoberfest acontece em uma grande praça cercada e a entrada é gratuita. Parece uma quermesse com barraquinhas vendendo lembrancinhas, pessoas usando roupas típicas e brinquedos de parques de diversões.
As barraquinhas vendem também pretzels, salsichas, strudels, joelho de porco e outras comidas típicas.
The Nutty Bavarian (o original)
Mas e a cerveja? Bom, essa só é encontrada nas tendas das cervejarias. São apenas 6 cervejarias autorizadas a montar tendas na Oktoberfest (Paulaner, Hofbräu, Augustiner, Hacker Pschorr, Löwenbräu e Spaten-Franziskaner), todas com sede em Munique. A Oktoberfestbier é feita especialmente para a festa e é mais forte que a cerveja vendida fora do evento, com teor alcoólico entre 5,5 e 6%.
Nas tendas as mesas são coletivas e ficam lotadas, você tem que chegar cedo pra tentar pegar um lugar porque a cerveja só é servida se você estiver sentado. Não é permitido beber fora das tendas nem sair delas com os canecos. Os garçons passam com vários canecos de 1 litro (tamanho único) e você pede um e paga na hora (10,00 €). As tendas só servem cerveja até 22:30h e às 23:30h a festa é encerrada.
Escolhemos a tenda da Paulaner. Estava cheia e fazia muito calor lá dentro. No centro da tenda fica um grupo tocando músicas típicas e quando tocam uma música mais conhecida (conhecida deles, eu não conhecia nenhuma) as pessoas ficam em pé nos bancos cantando e batendo os canecos. É contagiante, depois de alguns minutos (e outros tantos canecos) todo mundo entra no clima. :-)
Após uns 15 minutos andando pela tenda procurando um lugar demos sorte de passar por uma mesa quando duas pessoas estavam saindo. Nessa mesa conhecemos um australiano que já tinha ido a São Paulo e falava algumas palavras em Português, só o básico pra sobreviver (dois cervezas porrr favorrr) e um austríaco muito doido, vejam a figura...
Não sei se foi o clima que me contagiou, mas achei a cerveja deliciosa e tive que fazer o sacrifício de beber a maior parte, porque ainda precisávamos pegar 190 km de estrada e o Lú ia dirigir.
A viagem de volta foi tensa, o tempo tinha piorado, choveu forte e pegamos granizo. Mais uma vez a autobahn estava limitada a 120 km/h. Chegamos ao hotel às 21:30h. Lanchamos a baguete e o patê que compramos pela manhã, tomamos banho e fomos dormir.
FOTOS: Aloísio Dourado
BMW Y8
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