sábado, 26 de outubro de 2013

Paris: Ilê de La Cité, Louvre e Torre Eiffel

19/09/2013

Mais Ilê de La Cité, Primeira Visita ao Louvre e Torre Eiffel

Acordamos 09:20h, tomamos banho e café da manhã no hotel, e pegamos o metrô até a estação Cité, para continuar o passeio pela Ilê de La Cité. Na saída dessa estação do metrô tem um lindo mercado de flores.


Após uma rápida visita ao mercado de flores, fomos em direção à Saint Chapelle, que fica no complexo do Palácio da Justiça, antigamente um Palácio Real. Abaixo uma vista do pátio principal do Palácio da Justiça.


Entramos no complexo do palácio para visitar a Saint Chapelle (entrada paga, inclusa no Museum Pass). A capela é bem pequena, sua fachada é estreita e tem a altura de um prédio de 3 andares. Essa capela é considerada uma das maiores obras-primas arquitetônicas do mundo ocidental.


O interior da igreja é dividido em dois andares, sendo na verdade duas capelas sobrepostas. A capela do andar térreo era frequentada pelos funcionários e moradores do Palácio Real e o andar superior era reservado ao rei e à sua família. 

Andar inferior



Andar superior








 A saída da Saint Chapelle é pelo pátio do Palácio da Justiça.


Em seguida, fomos visitar a Conciergerie, que fica no mesmo complexo. A entrada também é paga, e está inclusa no Museum Pass.

No final do século XIV, quando o rei Carlos V mudou-se para o Palácio do Louvre, o Palácio de La Cité ficou sendo usado para funções administrativas e como sede do parlamento. Em 1392, com a lotação da prisão do Chatelet, a Conciergerie passou a ser utilizada também como prisão. Essa prisão tornou-se tristemente famosa na época da Revolução Francesa. O Tribunal Revolucionário foi instalado nesse prédio, e todos os prisioneiros políticos que deveriam comparecer ao Tribunal e estavam detidos em outras prisões de Paris foram transferidos para a Conciergerie. Após comparecerem ao Tribunal, se condenados, os prisioneiros não retornavam às suas celas, eram conduzidos à sala de toalete, tinham os cabelos cortados, as mãos amarradas e eram encaminhados à guilhotina. Foi na Conciergerie que Maria Antonieta passou os últimos meses da sua vida, à espera do julgamento e posterior decapitação. 
A visita a esse prédio vale muito a pena, pois é uma verdadeira aula de história, mas o ambiente é pesado e opressor.

Salão de Armas

Sala da Toalete

Celas dos prisioneiros mais ricos, que podiam pagar pelo conforto

Celas dos prisioneiros pobres

Reconstituição da cela de Maria Antonieta





A área externa do prédio é muito bonita, com suas torres características, às margens do Sena, entre elas a torre do relógio.

Esse era o segundo dia que eu estava andando com minhas botas de salto alto. Apesar de ter sentido dor nos pés no dia anterior, e do Lú ter dito para eu não usar salto de novo, a teimosia vaidade falou mais alto, e eu saí com as botas novamente. Dessa vez os pés começaram a doer ainda pela manhã, pois já estavam machucados da véspera, mas claro que eu não ia dar o braço a torcer, né? Só que sempre que aparecia uma oportunidade, eu dava uma sentadinha, pra descansar os pés.


Fomos andando, margeando a Conciergerie, com suas torres.

Fachada lateral do Palácio da Justiça, onde funciona a Cour de Cassation.

Pont au Change, com a Tour Saint Jacques ao fundo

Prédios na Ilê de La Citê

Atravessamos a Pont Neuf e nos dirigimos ao Louvre. Decidimos procurar um lugar para almoçar antes de entrar no museu, e fomos pela rua atrás do Louvre para a Rue de Rivoli.

 Fachadas Lateral e Posterior do Louvre



Encontramos um bistrô na Rue Saint Honore, com uma proposta que nos agradou.


Formule Midi, composta de prato + sobremesa por 15,80 .


Eu escolhi um tartare de boeuf, frites maison, que é uma torta de carne com batata frita, e o Lú foi de pavé de rumsteak grillé, bernaise, frites maison, um contra-filé grelhado com fritas. Ambos estavam muito bons.


Pra acompanhar, 500ml de vinho de la maison (vinho da casa), por 11,60 . Dessa vez foi um Côtes du Rhône Villages, que estava ainda melhor do que o que tomamos no dia anterior, na Ilê Saint Louis.
De sobremesa, escolhi Moelleux au Chocolat, que é o nosso Petit Gateau, e o Lú escolheu o Crème Brûlée à la vanille de Madagascar. Só pelos nomes já começamos a salivar... Estavam ótimos!


Se forem fazer uma visita ao Louvre perto da hora do almoço, procurem esse bistrô na Rue Saint Honore, os preços são razoáveis, atendimento muito bom e comida deliciosa.

Entramos no Louvre pela fachada lateral que fica na Rue de Rivoli.



O Louvre é formado por vários prédios, que foram sendo reformados, modificados e acrescidos ao longo dos séculos. O primeiro prédio do Castelo do Louvre foi fundado em 1190, como uma fortaleza. Por volta de 1370, durante o reinado de Carlos V, o Louvre passou a ser a sede oficial do governo monárquico francês, assim permanecendo até 1682, quando Luis XIV mudou a corte para Versalhes.

Pegamos o áudio-guide e fizemos primeiro o roteiro Masterpieces, que já vem pré-programado no guia. É um tour muito interessante, porque te dá uma visão geral do que tem no museu e te apresenta as principais obras.

Esse tour começa pela seção medieval do Louvre, que mostra parte das fundações da fortaleza construída no Século XII. As fotos que tirei dessa seção ficaram muito ruins, então peguei essa no site europeforvisitors.com só pra passar uma ideia de como é. Adorei essa parte da visita!


O tour segue por parte do departamento de antiguidades egípcias, onde vimos a grande esfinge de Tanis, e vai para o departamento de antiguidades gregas, onde se encontra a Venus de Milo, uma das três estrelas do Museu (les trois grandes dames, como eles dizem)...


... e a sala das Cariátides, colunas em forma de estátuas de mulher, que suportam o peso da cobertura da construção na cabeça. Essas do Louvre são réplicas das que sustentavam o templo no Parthenon (uma das originais está no Museu Britânico, em Londres). Essas estátuas são lindas! O que mais me impressionou foi a leveza dos vestidos. Como eles conseguiam extrair esse efeito de uma pedra? O Lú, que não perde tempo, registra o momento em que estou apalermada, parada no meio do salão admirando as Cariátides.


Depois dessa seção, deveríamos ter visto a Vitória de Samotrácia, outra das três estrelas do museu, mas ela estava em restauração. Seguimos então para o departamento de pinturas, onde vimos, entre outras preciosidades, A Coroação de Napoleão (Jacques Louis David) e As Bodas de Caná (Paolo Veronesi), o maior quadro em exposição no Louvre, e um dos mais belos, embora quase ninguém lhe dê atenção. O motivo? Esse quadro encontra-se na mesma sala da terceira e talvez a maior estrela do museu, A Mona Lisa, e justamente na parede em frente a ela, ou seja, a maior parte das pessoas que entra nessa sala fica de costas para essa bela obra.



Demos muita sorte, a sala da Mona Lisa não estava tão cheia como sempre dizem que está e conseguimos chegar bem pertinho do quadro.



Pra finalizar, esse tour nos levou para o departamento das esculturas italianas, onde vimos os escravos de Michelangelo.

Uma coisa que me impressionou no Louvre foi a riqueza de detalhes das pinturas e entalhes do teto de praticamente todas as salas. Lembrem que antes de ser um museu, o Louvre era um Palácio Real. As pinturas são tão bonitas, que a gente fica na dúvida se deve olhar e fotografar as obras que estão expostas no chão e nas paredes ou o teto.





Após esse tour, voltamos à seção de antiguidades egípcias, para percorrê-la completa e com mais calma, admirando as demais obras que não vimos durante o tour. Vimos a escultura do escriba sentado, que data de 2500 a.C., muitos sarcófagos e outros objetos da época. Gostamos muito dessa seção e certamente vale a pena conhecer, mas achamos que a coleção egípcia do Museu Britânico, em Londres, é mais interessante. Quando acabamos de visitar essa seção, o museu já estava fechando, e claro que não tinha dado tempo de ver tudo que eu gostaria de ver. Combinamos voltar no dia seguinte.

Depois que o museu fechou, o Lú foi tirar umas fotos do exterior, afinal os prédios que compõem o museu são belíssimos. Eu já estava com os pés doendo muito, e fiquei sentadinha na beira da fonte, enquanto ele fotografava.






Destaque para essa foto do Arco do Triunfo do Carossel, que fica na entrada do Louvre, e descreve uma linha reta com o Obelisco da Place de La Concorde, a Champs-Élysées, o Arco do Triunfo (ao fundo, no centro da foto) e o Arco de La Defense (que não está visível). Fantástico!



Eram 18:30h e resolvemos aproveitar o dia bonito para tentar umas fotos da Torre Eiffel no pôr do sol. Pegamos o metrô para o Trocadero, e começamos a fotografar a torre daquele ponto, que fica num nível bem mais alto que a base da torre.



Fomos descendo a pé a ladeira, e nos aproximando da torre, e eu aproveitando todas as oportunidades para sentar um pouquinho.

Quando chegamos perto da base da torre, sentei numa banquinha para tomar um chocolate quente, e não levantei mais. Descobri que eu não era capaz de dar mais nem um passo. Enquanto isso o Lú estava fotografando e ainda não tinha noção do meu estado, porque eu não tinha me queixado durante o dia inteiro, só pra não dar o braço a torcer. Nessa banquinha eu comprei uma baguete para complementar o nosso jantar.

As luzes da torre começando a acender.




Eu e a baguete do jantar. Eles não tinham um saco de papel para embalar, tive que segurar com um guardanapo!!!



Quando acabaram as fotos, tive que contar pro Lu o meu estado. Eu não aguentava nem andar até a estação de metrô, estava mancando, então resolvemos pegar um táxi para voltar ao hotel. Custou 8,40 , mas valeu cada centavo. Chegamos ao hotel e descobri que eu estava com bolhas nas solas dos dois pés. Tomamos um banho, e o Lú preparou o nosso jantar, enquanto eu deixava meus pés de molho na banheira com água quente pra aliviar um pouco a dor.

Jantamos no hotel, os mesmos queijos e patés da véspera, com a baguete fresquinha que eu comprei na banquinha perto da torre, acompanhados de um vinho. Mais uma vez, desmaiamos na cama.

FOTOS: Aloísio Dourado

2 comentários:

  1. História e Arte, tudo junto e ao VIVO! valeu a pena os pés doerem e pegar a baguete c/ guardanapo (faz parte!). Mal posso esperar pelos outros comentários e fotos

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  2. Valeu a pena demais! E depois ficam as histórias para contar...

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