sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Paris: Ilê Saint Louis e Ilê de La Cité

18/09/2013

Paris e suas ilhas, onde tudo começou.

Acordamos às 08:30, dormimos muito pouco devido à diferença de fuso. Em Paris, nessa época do ano (França em horário de verão e Brasil não), são 5h a mais em relação ao horário de Brasília, então demoramos muito pra conseguir dormir.

Após um banho e arrumação das coisas no quarto, fomos tomar o café da manhã, que estava incluso na diária do hotel. Café excelente, bem completo, mas o que chamou mais atenção foi a variedade de queijos (franceses, claro!) e de pães (croissant, pain au chocolat, várias baguetes, tudo fresquinho). Infelizmente as fotos não ficaram muito boas, foram tiradas do celular.



Após o café, voltamos à Champs Élysées, dessa vez para algumas comprinhas. Destaque para a Pierre Hermé  (no 133, quase chegando no Arco), que tem uns macarons maravilhosos (dica da minha amiga Lelê).





Passamos também no supermercado Monoprix, na Rue La Boétie, e na Boulangerie du Colisée, na rua do nosso hotel, pra fazer umas comprinhas para o nosso jantar.

Passamos no hotel para deixar as comprinhas, antes de seguir o passeio e aproveitamos para perguntar na recepção como regular o ar condicionado, porque sentimos muito calor à noite. Descobrimos que o ar condicionado do nosso quarto estava quebrado, tivemos que mudar de quarto, o que deu um trabalhão, pois já tínhamos tirado várias coisas das malas.


Após tudo isso, quando saímos para fazer o nosso passeio previsto para o dia, já eram 12:30h e estávamos um pouco cansados.

Pegamos o metrô na estação Franklin Roosevelt (linha amarela), que fica pertinho do nosso hotel, para a estação Pont Marie. A linha amarela é a linha mais organizada do metrô de Paris. Foi a primeira linha a ser inaugurada, em 1900, e é uma das duas linhas totalmente automáticas do metrô (sem condutor). As estações são limpas, têm escadas rolantes e tem um vidro de proteção nas plataformas.



 Quando saímos da estação avistamos o belo Rio Sena.


Atravessamos a Pont Marie e fomos explorar as ilhas do Sena.









Paris começou como uma pequena aldeia de pescadores na Ilê de La Cité. Os seus moradores eram da tribo Parisii e os romanos, quando chegaram no ano 52 a.C., a batizaram como Lutécia. Até a idade média, a cidade se limitava praticamente a essas duas ilhas e um pouco da margem esquerda do Sena.














Começamos pela Ilê Saint Louis, que pra mim é um dos lugares mais charmosos de Paris. Dá vontade de passar a tarde inteira passeando por suas ruelas, entrar em cada lojinha e em cada bistrô.






Tem adegas, lojas de artesanato, roupas, e vimos uma lojinha que vendia marionetes de papier mâché muito lindas!
O dia estava nublado e começou a chover, como já passava das 14h, aproveitamos pra parar pra almoçar. Escolhemos um bistrô na rua principal, o Cafe Med, e pedimos a formule du jour, que tinha entrada e prato principal, por 10,50 . Em Paris, a maioria dos bistrôs trabalha com esse sistema de formule du jour, um menu simplificado com dois pratos (às vezes três, incluindo a sobremesa). Muitas vezes as opções estão escritas num quadro, na porta do restaurante.




Dessa vez, eu e o Lu fizemos escolhas iguais, escolhemos uma torta de queijo de entrada, e um fettuccine com salmão como prato principal. Para acompanhar, uma jarra do vinho da casa. Tudo absolutamente delicioso, por um preço justo. Recomendo!


Após o almoço, continuamos nosso passeio pela Saint Louis. Compramos um sorvete na Berthillon, que dizem ser a melhor sorveteria de Paris. Se é a melhor, não sei, mas estava delicioso! Fomos saboreando nosso sorvete e nos dirigimos para o outro lado da ilha (entramos a partir da margem direita do Sena). Chegando à outra margem do Sena, vi a Notre Dame pela primeira vez.




Decidimos encerrar o passeio na Saint Louis e ir logo para a Ilê de La Cité, conhecer a famosa catedral. Atravessamos a Pont St Louis, que liga as duas ilhas, e entramos na Notre Dame pelo lindo jardim que fica no fundo da igreja, na Praça Jean XXIII.


Desse ponto é possível admirar a arquitetura da catedral, com seus arcobotantes, uma técnica revolucionária para a época em que a igreja foi construída. O objetivo dessas estruturas é sustentar o peso do teto em abóbada, permitindo que grandes aberturas fossem feitas nas paredes, já que não cabia só a elas a sustentação do teto, e com isso permitindo que fossem criados os lindos vitrais.
Uma curiosidade, o livro Os Pilares da Terra (Ken Follet) descreve a construção de uma catedral gótica, muito semelhante à Notre Dame, pra quem já leu o livro, fica muito mais fácil entender e admirar os detalhes da arquitetura dessa catedral.

Andamos pela lateral da igreja.




E finalmente chegamos à belíssima fachada.

Destaque para os detalhes das portas.




O interior da igreja também é muito bonito e embora esteja sempre cheio, com muitas pessoas visitando, tem uma atmosfera que convida à oração. Talvez seja o efeito da imponência do teto altíssimo junto com a iluminação filtrada pelos vitrais. Ou talvez fosse o meu estado de espírito. Vai saber...


Acendemos 5 velinhas para Nossa Senhora, uma para cada filho e afilhada que temos.


Detalhe dos entalhes em madeira, na área do coro.

Capelas laterais 

Pinturas

Detalhes do transepto, área perpendicular à nave principal, que confere à catedral o formato de cruz.


 Ponto de interseção do transepto com a nave principal.

Vitrais

 Altar, e à direita estátua de Notre Dame de Paris (Nossa Senhora de Paris) com o menino Jesus

Quando acabamos a nossa primeira visita à Notre Dame (digo primeira, porque desde esse momento eu já tinha certeza de que voltaria), fomos andando ao Louvre. Esse dia era uma quarta-feira, um dos dias que o Louvre funciona até às 22h (o outro dia é sábado), e planejamos fazer a visita noturna, porque ouvimos falar que nesse horário tudo fica mais vazio.

Antes de chegar ao Louvre, passamos na Pont des Arts, para prender o nosso cadeado. Reza a lenda que o casal que coloca um cadeado nessa ponte e joga a chave no Sena permanece junto para sempre. Levamos o nosso cadeado pronto...



























... e fomos buscar um lugar nas grades lotadas da ponte pra prendê-lo.




Chegamos ao Louvre por volta de 17:30h, e sentamos para tomar um café antes de entrar no museu. Nesse momento, quando fizemos uma pausa, as duas noites mal dormidas e o dia inteiro de caminhadas começaram a cobrar seu preço. Concluímos que estávamos cansados demais, com os pés doendo, e não valeria a pena iniciar uma visita ao Louvre nessas condições, íamos acabar não aproveitando nada. Então só tiramos fotos na pirâmide invertida, e pegamos o metro de volta para o hotel.



Retornamos para o hotel 18:30h, tomamos um banho, comemos um pain au chocolat (parte das comprinhas que havíamos feito para o jantar) e desmaiamos dormimos.

Acordamos por volta de meia noite, com fome, e fomos servir o nosso jantar no quarto. O menu era composto de queijos (reblochon e brique), presunto de parma, baguete, pate de foie gras, croissants e de sobremesa macarons Pierre Hermé e torta de maçã. Para acompanhar, um bordeaux Château Cayla. Desculpem, mas eu estava tão cansada que esqueci de tirar fotos para o blog.

Após o jantar, escrevi um pouquinho no blog e fomos dormir de novo, sonhando com os 4 dias de Paris que ainda nos restavam.

FOTOS: Aloísio Dourado 

Um comentário:

  1. Quanta informação! estou até tonta! beleza arquitetônica, aulas de história e a curiosidade do cadeado c/ chave e as velinhas na Igreja... tudo lindo e emocionante!

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